28/10/2010

E. M. Bounds: Comece o Dia com Oração

Devo orar antes de ver qualquer pessoa. Com freqüência, quando durmo muito, ou me encontro com outros cedo, são onze ou doze horas até que eu comece a orar secretamente. Este é um sistema miserável. É anti-bíblico. Cristo levantou-se antes do dia amanhecer e entrou em um lugar solitário. Davi disse: “Cedo te buscarei”; “Cedo tu ouvirás minha voz.” A oração familiar perde muito de seu poder e doçura , e eu posso não fazer bem algum àqueles que vem ao meu encontro. A consciência sente-se culpada, a alma não alimentada, a candeia não está acessa. Então quando em oração secreta a alma estiver freqüentemente desafinada, eu sinto que é muito melhor começar com Deus — ver a face dele primeiro, pôr minha alma perto dele antes de pô-la perto de outro. — Robert Murray McCheyne.

Os homens que mais fizeram para Deus neste mundo dobravam cedo seus joelhos. Aquele que joga fora o início da manhã, sua oportunidade e frescor, perseguindo outras coisas ao invés de buscar a Deus fará pobre progresso no sentido de buscá-lo o resto do dia. Se Deus não é o primeiro em nossos pensamentos e esforços pela manhã, ele estará em último lugar no resto do dia.

Por trás do levantar cedo e cedo orar está o desejo ardente que nos preme no propósito de buscar a Deus. O sono profundo pela manhã é indício de um coração em sono profundo. O coração que é tardo em buscar a Deus pela manhã perdeu seu prazer por Deus. O coração de Davi ardia por buscar a Deus. Ele tinha fome e sede de Deus, e por isso ele buscou a Deus cedo, antes da luz do dia. A cama e o sono não puderam encarcerar sua alma em sua ânsia por Deus. Cristo almejou comunhão com Deus; e por isso levantava-se muito antes que fosse dia, e ia ao monte orar. Os discípulos, quando completamente despertos e envergonhados de sua indolência, sabiam aonde encontrá-lo. Nós poderíamos seguir a lista dos homens que impactaram poderosamente o mundo para Deus, e iríamos encontrá-los buscando a Deus cedo.

Um desejo por Deus que não quebra as cadeias do sono é algo fraco e fará muito pouco por Ele depois que tiver satisfeito completamente a si mesmo. O desejo por Deus que mantém a distância tanto o diabo quanto o mundo no início do dia nunca será escravizado.

Não é simplesmente o levantar que põe os homens à frente e os faz capitães nas hostes de Deus, mas é o desejo ardente que os instiga e quebra todas as cadeias da auto-indulgência. Mas o levantar-se traz alento, aumento, e força ao desejo. Se eles estivessem deitados na cama agradando a si mesmos, o desejo teria se extinguido. O desejo é o que os desperta e os faz curvar-se perante Deus, e isto atendendo e agindo em resposta à sua fé; aproximam-se de Deus e seus corações recebem a mais doce e completa revelação dEle; e esta força de fé e abundância de revelação os faz santos por eminência, e o halo de sua santidade chega a nós, e nós entramos no gozo de suas conquistas. Porém nos deleitamos com isto, mas não o executamos. Nós construímos suas tumbas e escrevemos seus epitáfios, mas não cuidamos em seguir seus exemplos.

Precisamos de uma geração de pregadores que busque Deus e o busque cedo, que dê o frescor e o orvalho dos esforços a Deus, e assegure de volta o frescor e a abundância do poder dele; que Deus possa ser para eles como o orvalho, pleno de alegria e força, através de todo o calor e labor do dia. Nossa preguiça por Deus é nosso lamentável pecado. Os filhos deste mundo são mais sábios do que nós. Eles estão nisto cedo e tarde. Nós não buscamos a Deus com ardor e diligência. Nenhum homem busca a Deus e não o segue firme, e nenhuma alma que o segue firme não o busca cedo pela manhã.

E. M. Bounds – Poder pela Oração

04/10/2010

A visão do Diabo - parte 2

Como a ultima moda as propagandas lhes serão;
E eis que a programas malignos também assistirão:
Contemplarão cenas de sexo e muita morte;
A alma do homem, nunca mais será ela forte.
Aquela historia de família perderá seu grande charme;
Seu lugar mais não terá sem ao menos um alarme.

A oração no lugar secreto abolida ela será;
Ao fixarem-se na tela a vida com Deus se esvairá.
Os liberalistas pregadores que o pregar eles não fazem,
Entregar-se-ão à visão que não passa de miragem.
Atrairão suas ovelhas às masmorras do pecado,
Ocultando seu grande mal como rosto que é molhado.
Considerai a minha queda; tendes vós de concordar.
Demônios meus, não vos tardarei em anunciar:
Multidões trará a visão a este Inferno habitar.

Divórcios se multiplicarão; abusos sexuais da mesma forma.
Sangue inocente em abundancia derramado será norma.
Lares estruturados em ruínas virão ao chão,
Quando marcada na historia perdurar esta visão.
Ide, aliados meus, e trabalhai; ponde-vos a pregar!
Pois nenhuma voz à Igreja restará para bradar.
E os santos que em nosso caminho se detêm,
Em breve cessará o clamor que se lhes mantém.
A Terra encheremos com esta diabólica visão;
Mascaremo-na, pois, com o nome de televisão.

Um presente acharão que receberam grandioso;
Então se assentará no trono o Anticristo majestoso.
Governará o mundo enquanto atônitos lamentaram
E àquele a quem vendidos foram, a Besta eles contemplaram.
Prevaleceremos pelo engano; a visão não falhará.
Ainda que pregue alguns dos santos, certamente vingará!”


Rev. John Woodward, The Devil’s Vision. Livro: Contaminados com a Babilônia, Steve Gallagher.


01/10/2010

A visão do Diabo - parte 1

O espírito do kosmo(mundo) encontra-se em missão para controlar e possuir, inteiramente, a mente de todas as pessoas, incluindo as que confessam o nome de Cristo. A invenção da TV tem um papel importante nessa conspiração diabólica. Não estou pregando contra a TV, pois, existem programas educacionais e culturais. Mais hoje o que nós vemos na TV quando nós ligamos o controle remoto é, em sua maioria, lixo. Para melhor compreendermos essa conspiração demoníaca, estou transcrevendo um poema, escrito no início da década de 60, é isso mesmo que você leu, da década de 60, o qual nos esclarece muitas coisas quanto à estratégia do inimigo.

A VISÃO DO DIABO

Disse o Diabo aos demônios em corrente:
“Nossos planos progridem deveras lentamente;
Em nosso caminho os santos se detêm.
Se em espetáculo e numa peça não se vêem,
Ensinam que o circo, o carnaval e a dança;
A taverna, o jogo e a festança;
O beber e o fumar, coisas erradas estas são;
Que às rodas ímpias não se assenta um cristão.
Ligeiros são em condenar o que fazemos;
Fazem-no seu lema: ‘Poucos? Nunca o seremos!’

Que isso tudo é do Diabo, tão logo afirmarão;
Acham que em elevado nível por demais estão.
Porém, amigos, se a Teologia verdadeira for,
Há de atrapalhar o que planejamos com labor.
Agir nós precisamos; uma estratégia elaborar,
Que depressa seus valores venha ela a adulterar.
Uma visão agora tenho do que se pode fazer.
Eia! Vos revelarei o engano que há de ser:
Trazei-me um Sábio mas corrompido varão;
Ser-me-á usado como marionete em minha mão.

Nada tão real há quanto o que vedes vós;
Mente, olhos e coração; não duvidarão de nós.
Que, pois, melhor será do que algo para ver-se?
Digo eu: decerto o funciona e a muitos se convence.

Lugar para o aparelho há de ser o próprio lar;
Enganados todos serão sem ao menos questionar.
Possuí-lo o mundo irá; muitos cristãos não poderão
Dizer que do Inferno ou do Diabo tal é invenção.
Com a desculpa das noticias nós o venderemos;
E assistindo-lhas eles, imoralidade anunciaremos!

Em principio chocados gritarão; atônitos e mui pasmados.
Mas o coração logo esfriará; não haverá mais alarmados.
Dar-lhe-emos evangelho totalmente corrompido:
Alguns hinos a cantar e um pastor bem iludido

08/07/2010

Lucas Fernandes - 4 Anos Pregando a Palavra de Deus

Prega a Palavra

Lembro-me como se fosse hoje quando tudo começou. Depois que terminei o ensino médio, no meio do ano,  não pude entrar na faculdade. Eu fiz um propósito com Deus,  toda meia noite, sentar e lê 5 capítulos da Bíblia por dia, não importava se eu ia demorar ou não, eu tinha que lê os 5 capítulos por dia.

Lembro-me que não foi fácil no inicio, as vezes era tomado por um sono ou cansaço. E tinha também os livros que, as vezes, não entendia nada, por exemplo: “Levítico, Números, Crônicas etc.”, o que dizer das intermináveis genealogias, quando lemos achamos enfadonha.
Mais eu não podia desistir, e continuei, toda meia noite eu estava sentado com minha Bíblia aberta em cima da mesa de passar roupa (OBS: Hoje Deus abençoou e tenho uma mesinha e uma cadeira), só tinha um exceção, toda sexta estava na oração dos jovens e como acaba meia noite, eu fazia minha leitura pela manhã.
Cada vez que eu lia a Bíblia mais eu amava a Deus. Deus me despertou, Deus me seduziu com as suas palavras. Quantas vezes chorei em cima da minha Bíblia, e quantas respostas eu tive de Deus, lendo a Bíblia. Toda vez que sento para estudar a Palavra de Deus, posso sentir o Espírito Santo falar comigo. John Wesley disse: “Quero ser um homem de um livro só”, esse é o meu desejo, quero só a Bíblia.

Eu só comecei a pregar nos púlpitos depois de ano, li a Bíblia em 6 meses, tamanha era a fome e fiquei orando no meu quarto durante 6 meses, foi um ano Deus moldando meu caráter e me transformando, portanto se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, tudo se fez novo. Eu e Silas (primo e companheiro) evangelizávamos os nossos amigos, lembra Silas? – Aquele dia no Morro do Turano, fomos visitar o Tiago, era para ser uma visita rápida, só que foi uma hora de palavra para uma alma e nosso amigo. Cada vez mais ardia em meu coração a chama do Espírito. A Fome por Deus aumentava cada vez mais.
A primeira vez que preguei foi num Domingo (08/07/2006), pela manhã, no culto “Bom dia Espírito Santo”, o tema foi: “O Tempo da Promessa” 2 Pd 2.9. Preguei aproximadamente 50 minutos, usei um pouco de psicologia (Lidi e Lili sabem muito bem do que estou falando, risos). Eu falava tão rápido (melhorei um pouquinho), que dez palavra parecia uma. Foi a parti desse momento que minha vida começou a mudar.
Você talvez irá me pergunta, porque você prega o Evangelho? Porque o alvo da pregação é a glória de Deus. O solo da pregação a cruz de Cristo. O dom pregação é o poder do Espírito Santo. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo são o inicio, meio e fim no ministério da pregação. Paulo fala sobre isso: “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas”.
São 4 anos, estou apenas começando e aprendendo, que mudaram a minha vida. Amo pregar a Palavra de Deus. Aguarde, vou colocar o mundo de cabeça para baixo.

Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã.
Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes.
Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?
Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.
Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria;
Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.
Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.
Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.
Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;
E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;
Para que nenhuma carne se glorie perante ele.
Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;
Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.
E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria.
Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.
E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor.
A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder.

1 Co 1.17-2.4


Em Cristo,

Embaixador do Reino dos Céus,

Lucas Fernandes.

29/06/2010

E. M. Bounds: Homens de oração são necessários - Parte 2

Homens de oração são necessários


Os sermões de Paulo – o que eles eram? Onde estão? Esqueletos, fragmentados espalhados, sem rumo num mar de inspiração! Mas o homem Paulo, maior que seus sermões, vive para sempre, em plena forma, traços e estatura, dando forma à Igreja com a mão. A pregação não é senão uma voz. A voz do silencio morre, o texto é esquecido, o sermão desvanece na memória; o pregador vive.
O sermão não consegue se elevar acima do homem usando as forças que lhe dão vida. Homens mortos pregam sermões mortos, e sermões mortos matam. Tudo depende do caráter espiritual do pregador. Debaixo da dispensação judaica, o sumo sacerdote usava um diadema de ouro com letras compostas por jóias: “Santidade ao Senhor”. Então, cada pregador no ministério de Cristo precisa ser moldado e adotar como viga-mestre esse mesmo lema. É uma vergonha ímpar para o ministro cristão ver sua santidade de caráter e de objetivo se rebaixarem em relação ao sacerdócio judaico. Jonathan Edwards disse: “Prossegui avidamente na minha busca por mais santidade e conformidade com Cristo. O céu que desejava era um céu de santidade”.
O evangelho de Cristo não progride por ondas populares. Não tem nenhum poder de autopromoção. Ele vai adiante à medida que vão adiante os homens encarregados do evangelho. O pregador precisa personificar o evangelho. Mártires compassivos, intrépidos e de coração terno devem ser os homens que pegam uma geração e dão a ela forma para Deus.
A pregação mais aguçada e intensa do pregador deve ser ele mesmo. Sua obra mais difícil, delicada, laboriosa e completa deve ser consigo. O treinamento dos doze discípulos foi a obra grandiosa, difícil e duradoura de Cristo. Os pregadores não são fabricantes de sermões, mas fazedores de homens e fazedores de santos; e só está bem treinado para essas questões aquele que fez de si um homem e santo. Não é de grandes talentos, grandes conhecimento nem de grandes pregadores que Deus precisa, mas de homens grandes na santidade, grandes na fé, grandes no amor, grandes na fidelidade, grandes em favor de Deus – homens que sempre preguem sermões santos no púlpito, com a vida santa que daí resulta. Estes podem moldar um geração para Deus.
O homem que prega deve ser um homem que ora. A oração é a arma mais poderosa do pregador. Uma força todo-poderosa em si, que traz vida e força a tudo. O sermão verdadeiro é feito em um aposento recluso. O homem – o homem de Deus – faz-se em um aposento recluso. Sua vida e suas convicções mais profundas nasceram da comunhão secreta com Deus. A onerosa e lacrimosa agonia de seu espírito, suas mensagens mais solidas e doces foram obtidas na solicitude com Deus. A oração faz o homem; a oração faz o pregador; a oração faz o pastor.
O púlpito destes dias é fraco na oração. O orgulho da aprendizagem levanta-se contra a dependência da oração humilde. É demasiadamente freqüente a oração alcançar o púlpito apenas oficialmente – a execução de uma rotina de púlpito. A oração não é para o púlpito moderno a força vigorosa que era na vida ou no ministério de Paulo. Todo pregador que deixa de ter a oração como fator de peso em sua vida e ministério é fraco na obra de Deus e fica sem poder para projetar a causa de Deus neste mundo.

22/06/2010

E. M. Bounds: Homens de oração são necessários - Parte 1

Homens de oração são necessários

Estamos constantemente nos desdobrando, quando não nos esticando até o ponto de ruptura, para delinear novos métodos e planos, novas organizações que façam a Igreja progredir, assegurando maior disseminação e eficiência para o evangelho. Esse curso de época mostra a tendência de perder de vista o homem, ou de submergir o homem dentro do plano ou organização. O plano de Deus é trazer à tona o máximo que houver dentro do homem, bem mais dele do que de qualquer outra coisa. Os homens são o método de Deus. A Igreja procura métodos mais aperfeiçoados; Deus procura homens mais aperfeiçoados.

“Surgiu um homem enviado por Deus chamado João” (João 1.6). A dispensação que apregoou e que preparou o caminho para Cristo foi amalgamada naquele homem João. “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado” (Is 9.6). A salvação do mundo vem desse Filho deitado em manjedoura. Quando Paulo apela para o caráter pessoal dos homens que deitaram as raízes do evangelho no mundo, soluciona o mistério do sucesso deles. A glória e a eficácia do evangelho são uma aposta nos homens que as proclamam. Quando Deus declara que “os olhos do Senhor estão atentos sobre toda a terra para fortalecer aqueles que lhe dedicam totalmente o coração (2 Crônicas 16.9), está declarando que precisa e depende de homens que sirvam como canais pelos quais Ele exercerá seu poder no mundo. Essa verdade vital e premente é tal que esta era de maquinários parece estar apta a esquecer. Esse esquecimento é tão pernicioso para a obra de Deus quanto seria arrancar o sol de seu eixo. Trevas, confusão e morte seguiriam-se.
O que a Igreja precisa hoje não é de maquinário ou maquinário aperfeiçoado nem de novas organizações ou de mais e melhores métodos, mas de homens que o Espírito Santo possa usar – homens de oração, homens poderosos na oração. O Espírito Santo não flui por intermédio de métodos, e sim por meio de homens. Não desce sobre maquinários, mas sobre homens. Não unge planos, e sim homens – homens de oração.
O caráter do evangelho – e também sua prosperidade – está sobre os ombros do pregador.  Ele prefigura ou desfigura a mensagem de Deus para o homem. O pregador é o conduíte de ouro por meio do qual o óleo divino flui. O conduíte não precisa ser de ouro, mas tem de estar desimpedido e sem mancha, para que o óleo flua com abundância, livremente e sem desperdício.
O homem faz o pregador. Deus precisa fazer o homem. O mensageiro, se possível faz o sermão. Assim como o leite doador de vida, que provém do seio materno, não é senão a vida da mãe, também tudo o que o pregador diz é matizado, impregnado por quem o pregador é. O tesouro está em vasos terrenos, mas a composição do vaso pode impregnar w descolorir esse tesouro. O homem – o homem todo – é a razão por trás do sermão. A pregação não é algo que se faz durante uma hora. É o que naturalmente flui de uma vida. São necessários 20 anos para fazer um sermão, porque são necessários 20 anos para fazer um homem. O sermão verdadeiro é uma coisa da vida. O sermão desenvolve-se porque o homem se desenvolve. O sermão é vigoroso porque o homem é vigoroso. O sermão é santo porque o homem é santo. O sermão tem unção plena porque o homem está pleno da unção divina.

03/06/2010

John Stott — “The Long Silence” (O Longo Silêncio)

No fim dos tempos, bilhões de pessoas estavam espalhadas numa grande planície, diante do trono de Deus.

A maioria recuou diante da luz brilhante diante deles. Mas alguns grupos perto da frente debatiam acaloradamente – não se curvando, envergonhados, mas com beligerência.

“Deus pode nos julgar? Como ele pode conhecer o sofrimento?” perguntou, ríspida, uma jovem morena, petulante. Rasgou, num gesto rápido, sua manga, para revelar um numero que nela fora tatuado num campo de concentração nazista. “Sofrimento terror... surras... torturas... morte!”

Noutro grupo [um menino afro-americano] abaixou o seu colarinho. “O que vocês dizem disse?” exigiu saber, mostrando um feia queimadura feita por uma corda. “Linchado... por nenhum crime, mas por ser negro!”

Noutra aglomeração, uma ginasiana grávida, com olhos mal-humorados. “Por que eu tinha de sofre?” murmurou. “Não foi a minha culpa.”


Estendendo-se por uma grande distancia pela planície afora, havia centenas de tais grupos. Cada um deles tinha uma queixa contra Deus por causa do mal e do sofrimento que ele permitia no mundo. Como Deus era sortudo por morar lá no céu, onde tudo é doçura e luz, onde não ha choro nem medo, não existe fome nem ódio. O que Deus sabia a respeito de tudo quanto a espécie humana tinha sido obrigada a sofrer nesse mundo? Afinal, diziam, Deus tem uma vida bem protegida.

Sendo assim, cada um desses grupos enviou seu representante, escolhido por ser aquele que mais sofrera. Um judeu, um negro, uma vitima de Hiroshima, um artrítico horrivelmente deformado, uma criança de talidomina. No centro da planície, fizeram consultas entre si. Finalmente, estavam prontos para apresentar a sua causa. E isso com bastante astúcia.

Antes de Deus poder ser qualificado para ser o juiz deles, precisaria suportar o que eles mesmo tinham suportado. Sua decisão foi que Deus fosse sentenciado para viver na Terra – como homem!

“Que nasça judeu. Seja duvidada a legitimidade do seu nascimento. Seja lhe dado um trabalho tão difícil que até mesmo a sua própria família vá pensar que, quando tentar levá-lo adiante, ficou enlouquecido. Seja ele traído pelos seus amigos mais íntimos. Seja colocado diante de acusações falsas e processado diante de um júri já montado contra ele, e condenado por um juiz covarde. Que seja torturado.”

“No fim de tudo isso, que ele experimente o que significa estar terrivelmente sozinho. Que morra de uma maneira que não deixe duvidas quanto à sua morte. Que haja uma grande multidão de testemunhas para confirma o fato.”

À medida que cada líder proclamava a sua parte da sentença, aclamações audíveis de aprovação subiam da multidão de pessoas ali reunidas.

E depois de o ultimo deles ter acabado de declarar a sua sentença, houve um silencio prolongado. Ninguém falou mais palavra alguma. Ninguém se mexeu. Isso porque, todos tomaram consciência de que Deus já cumprira a sua pena.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
João 3.16
Reflita...

01/06/2010

O Hábito da Leitura da Bíblia - Parte 2

Deus interpretando a si mesmo

Primeiro:O hábito de ler a Palavra de Deus diariamente, preferencialmente pela manhã. O Novo Testamento é o registro inspirado da Revelação – a Revelação é a pessoa de Jesus Cristo. Ele sai das páginas desse livro e nos encontra com o impacto de sua pessoa sobre a nossa pessoa. Esse impacto é purificador. “Vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado” (João 15.3).
A Bíblia justifica a si própria porque é um excelente remédio. Nunca deixou de curar um único paciente desde que o paciente realmente seguisse a prescrição.
Siga a prescrição da Palavra de Deus diariamente. Nenhum cristão será sadio se não for bíblico.


Continuamente renovados por Deus

Segundo: Tenha o hábito de orar em particular. Quando lemos as Escrituras, Deus fala conosco. Por meio da oração, falamos com Deus. Depois, Deus fala conosco, não apenas por meio da Palavra, mas diretamente a nós, por meio de palavras.
Carlyle diz: “Oração é e continua sendo o instinto mais natural e profundo da alma do ser humano.”, Lincoln tinha o hábito de orar. Um senhor que tinha um encontro marcado com Lincoln às 5 horas da manhã chegou 15 minutos antes. Ele ouviu uma voz na sala ao lado e perguntou ao assistente:
   Quem está nessa sala? Alguém está com o presidente?
O assistente respondeu:
   Não, ele está lendo a Bíblia e orando.
O homem perguntou:
   Ele tem esse hábito nesta hora da manhã?
   Sim, senhor, das 4 às 5 da manhã ele lê as Escrituras e ora – foi a resposta.
Nenhuma experiência  de conversão o tornará imune à falta de leitura da Palavra de Deus e da oração. Quando a oração enfraquece, o poder diminui. Nossa espiritualidade depende de nosso hábito de oração – nada mais, nada menos.

O convertido converte

Terceiro: transmita aos outros o que você aprendeu. O terceiro hábito consiste na prática de transmitir aos outros o que lhe foi revelado na leitura da Palavra e na oração. Há um lei mental de que aquilo que não é expresso deixa de existir. Você perderá o que não compartilhar.
Paulo diz: “Aquele que dá semente ao que semeia...” (2 Co 9.10). Ele dá semente apenas para quem está disposto a semear. Se você não semeia, não receberá nada para semear. Quem não transmite a outros fica vazio. Se você não tiver interesse na evangelização, não permanecerá evangélico.

Esses são três hábitos básicos no cultivo da vida transformada. Que você possa lê as Escrituras, possa orar e transmitir.


Fonte: E. Stanley Jones (1884-1973)

29/05/2010

O Hábito da Leitura da Bíblia - Parte 1

A conversão é uma dádiva e uma conquista. É o ato de um instante e a atividade de uma vida toda. Você não poderá alcançar a salvação apenas pela disciplina – é o dom de Deus. Contudo, não poderá mantê-la sem a devida disciplina. Se você quiser alcançar a salvação por meio da disciplina, estará tentando disciplinar um ser vacilante. Estará obstruindo o caminho. A conseqüência será um sentimento de tensão, em vez de confiança. “Será um briga, em vez de um abrigo.” Embora a salvação não possa ser alcançada por meio da disciplina de um ser vacilante, entretanto, quando o ser se entregar a Cristo e um novo centro for constituído, você poderá disciplinar a sua vida em torno desse novo centro – Cristo. A disciplina é resultado da conversão – não a fonte.
Colossenses 2.6,7, ARA – “Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças.” Observe as expressões “recebestes” (receptividade) e “assim andai” (atividade). Ocorre novamente nas expressões “radicados” (receptividade) e “edificados” (atividade).
A palavra “radicados” significa que extraímos de Deus o sustento, assim como a raiz extrai do solo o sustento para a planta. “Edificados” significa que construímos, assim como alguém constrói uma casa, um caráter e uma vida pelo esforço da disciplina. Dessa maneira, recebemos e provamos; obtemos e alcançamos. Confiamos como se tudo dependesse de Deus e agimos como se tudo dependesse de nós. As batidas do coração do cristão alternam entre a receptividade e resposta – receptividade de Deus e resposta por meio de nosso trabalho.

Hábitos Simples
O melhor homem que já viveu em nosso planeta ilustrou bem esse compasso de receptividade e resposta. Ninguém jamais foi tão dependente de Deus nem tão disciplinado em seus hábitos.
Jesus fazia três coisas habitualmente:
1) “Como era seu costume [...] levantou-se para ler” – ele tinha o habito de ler a Palavra de Deus;
2) “Subiu a um monte para orar [...] como de costume” – ele tinha o habito de orar;
3) “Segundo o seu costume, ele [...] ensinava” – ele tinha o habito de transmitir aos outros o que possuía e o que descobria.
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